Hoje acordei bem disposto. Levei apenas meia-hora a levantar-me. Tomei o pequeno almoço na rua e dirigi-me ao local de trabalho. Enfrentei provas bastante difíceis. Rebentar balões. Um número interminável de balões. Viajei bastante, um pouco por todos os continentes, tendo por arma apenas uma lança, ou, em caso alternativo, uma pistola de dardos com a qual eliminava, um a um, os balões. Poc! Não podia deixar que me tocassem – eram balões tóxicos, ou venenosos, ou coisa do género. Cada vez que me tocavam, eu morria, e só tinha três vidas, por isso não podia deixar que me tocassem. O país mais difícil foi talvez a Dinamarca, por causa da neve que caía ao mesmo tempo que os balões, confundindo-se com eles. Era uma excitação de gelar o sangue: nunca sabia se o que estava a tocar-me era um balão letal ou apenas um inofensivo floco de neve.