Um livro de auto-ajuda para tempos difíceis.
O amor tornara-nos especiais, o dia-a-dia remete-nos brutalmente de volta à nossa condição mediana.
Irónico, já se sabe, e verdadeiro (também já se sabe). Entre os jogos dos afectos e desafectos, da conjugalidade normal e da loucura mansa deste povo à beira-mar pasmado, Rui Zink luta seriamente contra a morte da capacidade de nos pensarmos e de rirmos de nós próprios e da nossa vidinha.
Eis um livro que recolhe textos curtos, dos mais emblemáticos que tem escrito, e sempre, sempre, ao lado do povo:
Decididamente, Portugal dá-se mal com a doce vida. A sesta, o fim-de-semana, as férias, são apenas a expressão de uma verdade que devia ser evidente: nós não nascemos para trabalhar, nascemos para viver. Viver bem, se possível. Na democracia original, a grega, havia dois grupos: o dos cidadãos e o dos escravos. A felicidade começa quando uma pessoa tem as suas ideias claras: e, com franqueza, não é melhor ser filósofo do que escravo?